Confederação Brasileira de Golfe

Dia histórico: golfe estará nas Olimpíadas de 2016

09 de outubro de 2009

por Henrique Fruet e João Carlos Godoy

O golfe mundial, e em especial o golfe brasileiro, começa a assistir ao nascimento de uma nova era para o esporte. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou na manhã desta sexta-feira dia 9 o retorno do golfe aos Jogos Olímpicos. A volta do esporte às Olimpíadas acontecerá no Rio de Janeiro, em 2016, conforme foi anunciado na semana passada.

O golfe recebeu 63 votos a favor de sua reinclsão nos Jogos, contra 27 desfavoráveis. “Esse é um dos melhores presentes que o golfe brasileiro recebeu em mais de 100 anos de história”, comemora Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). A última vez em que o golfe participou dos Jogos foi há 105 anos. “Há muito trabalho a fazer em prol do crescimento do golfe brasileiro”, afirma Rachid. Ao lado do golfe, o rúgbi também foi eleito como esporte olímpico.

A partir da aprovação do golfe, somada a decisão de escolher o Rio de Janeiro como sede dos jogos em 2016, o COI plantou uma nova semente no golfe mundial, e principalmente no esporte brasileiro. Ao sediar uma Olimpíada, o Brasil terá, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), pelo menos uma vaga garantida na disputa pelo ouro olímpico.

“Com novos investimentos e verbas que acompanharão essa decisão poderemos trazer know-how de professores e novas técnicas do exterior, incentivar ainda mais a participação de nossos juvenis em torneios no exterior e estimular a criação de centros de treinamento no Brasil”, planeja Rachid. “Isso sem contar que o brasileiro certamente passará a conhecer mais o esporte graças à grande mídia e o esporte crescerá como um todo”, completa.

“Poderemos investir também na capacitação de profissionais brasileiros, incentivar a participação desses atletas em torneios no exterior e fortalecer os torneios profissionais no Brasil”, acrescenta Rachid. “Quanto a popularização do esporte, será possível pensar em incentivar a criação de campos públicos e semi-públicos e divulgar cada vez mais o golfe e seus benefícios para todos os brasileiros”, complementa o presidente da CBG.

Histórico – O golfe já participou de duas Olimpíadas: 1900, em Paris (França), e 1904, em St. Louis (EUA). Em 1900 houve disputa masculina e feminina e os campeões foram Charles Sand (EUA) e Margaret Abbott (EUA). Nos Jogos seguintes, houve apenas competição masculina e o vencedor foi o canadense George Lyon. Em 1908, o golfe deveria ser uma das modalidades dos Jogos de Londres, mas uma desavença entre americanos e britânicos cancelou a disputa – os americanos queriam que a modalidade fosse a stroke play, em que todos disputam contra todos e vence quem dá menos tacadas, enquanto que os britânicos queriam o match play, em que cada jogador enfrenta um adversário por vez em chaves eliminatórias, num mata-mata.
Em 2005, o golfe tentou ser incluído nos Jogos de Londres 2012, mas a 117ª Assembléia do Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu não incluir nenhuma nova modalidade nas Olimpíadas.

Pela primeira vez, todas as maiores entidades do esporte, como R&A (Royal & Ancient Golf Club de St. Andrews, que rege o golfe na maior parte do mundo, incluindo o Brasil), USGA (United States Golf Association, que rege o golfe nos EUA e no México), PGA (Associação dos Profissionais de Golfe dos EUA), LPGA (Associação Feminina das Profissionais de Golfe dos EUA), European Tour (Circuito Europeu), entre outras, se uniram em torno desse objetivo comum. Os principais jogadores do mundo, como Tiger Woods, já confirmaram que têm vontade de disputar os Jogos.

Modalidade a ser disputada em 2016 – A Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) propôs ao COI para 2016 uma disputa de stroke play em 72 buracos, sendo 18 buracos por dia, num torneio de quatro dias, com 60 homens e 60 mulheres. Terão vaga nos torneios os 15 primeiros colocados nos rankings mundiais masculino e feminino, independentemente da nacionalidade. O restante das vagas será preenchida pelos melhores colocados nos rankings, com o limite de dois jogadores por país – a nação que tiver mais de dois jogadores entre os 15 primeiros pode exceder esse limite. Como o Brasil será sede das Olimpíadas de 2016, espera-se que os golfistas brasileiros tenham vaga garantida na disputa – informação que foi confirmada ao Site da CBG pela assessoria de imprensa do COB. Os critérios de seleção ainda não foram definidos pela Confederação Brasileira de Golfe, entidade maior do golfe brasileiro.

Confira abaixo a cobertura completa sobre o tema publicada no site da CBG:

Rio será sede das Olimpíadas de 2016

Rumo aos Jogos Olímpicos

Apoio ao golfe e ao Rio nas Olimpíadas

Na briga pelas Olimpíadas

Apoio de peso ao golfe olímpico

 

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