Slope System a mil
O Unibanco Slope System, forma avançada de determinar o handicap do golfista levando em conta as dificuldades e características de cada campo de golfe, já é uma realidade no golfe brasileiro. Com a recente medição dos campos da região Norte do país, todas as federações de golfe brasileiras já possuem campos medidos pela equipe de raters da CBG.
Implantado em 2005 com patrocínio do Unibanco, o Slope System considera as dificuldades existentes em cada campo de golfe e sua influência na performance do jogador, e vem permitindo que o esporte atinja níveis técnicos e de competitividade cada vez mais altos em nosso País.
Em agosto, a equipe de raters comandada por Miguel Dorin, diretor de handicap da CBG, mediu os campos do Amazon Country Club, Tomé-Açu Country Club, Capanema Country Club e Castanhal Golf Club, no Pará, e do Manaus Country Club e Amazônia Golf Resort, no Amazonas.
Para concluir o trabalho, a equipe de voluntários formada por Dorin, John Byers, Mario e Lídia Sawada e Sue Lacombe, encarou uma maratona de oito dias de trabalho ininterrupto, com direito a travessias de balsas por rios da região e a muito, muito calor – tanto que tinham que interromper os trabalhos entre 12h e 14h para não sobrecarregar os voluntários.
O calor humano também os surpreendeu. “Tivemos uma acolhida muito boa em todos os clubes e na Federação do Norte. Treinamos três jovens e entusiastas diretores de clubes da Federação para que eles possam colaborar com a medição de futuras alterações dos campos”, disse Dorin. “Vale destacar que encontramos campos muito bons e bem cuidados”, diz Dorin.
Segundo Dorin, os campos do Norte surpreenderam por causa de sua dificuldade com raias estreitas e greens pequenos. “Eles não são longos, mas são difíceis para o jogador “bogey”, principalmente o de Castanhal, Capanema e Manaus”, conta Dorin, referindo-se ao jogador de handicap médio. O slope desses campos foi, respectivamente, 133, 135 e 138. O slope é o índice que determina a diferença de dificuldade de cada campo entre o jogador scratch e o jogador “bogey”, ou seja, é o que determina a vantagem que os melhores jogadores dão aos de nível menos apurado. Em tese, quanto maior o slope, maior a dificuldade de um campo para o jogador “bogey”. Na média brasileira os campos possuem um slope de 125 para cavalheiros.
Mais de 70 campos brasileiros já passaram pelas medições da equipe da CBG. “É um trabalho que não acaba. Além dos campos que já foram medidos, há os campos que precisam ser parcialmente medidos novamente pois passaram por mudanças”, diz o diretor de handicap, que ressalta e elogia o incansável trabalho dos voluntários que estão fazendo as medições. “É um trabalho muito árduo”, diz.