Miriam Nagl, a nova golfista da LPGA
“Eu me lembro do Jardim de Infância Pirilampo e da Escola Suíço – Brasileira, onde estudei. Também tenho boas memórias da praia de Shangri-lá, onde meus pais tinham uma casa e passávamos os fins de semana e os feriados. Lembro-me, também, do Zoológico de Curitiba, quando os macaquinhos, uma vez, pegaram minha pipoca através da cerca”. Essas são algumas das lembranças de infância de Miriam Nagl, que no próximo ano disputará a temporada da LPGA, após conquistar a terceira colocação no Futures Tour em 2002.
Miriam, que tem dupla nacionalidade, brasileira e alemã, nasceu em Curitiba, em 22 de janeiro de 1981, na maternidade do Hospital Santa Cruz. Seu pai trabalhava para uma multinacional alemã e foi transferido para a capital paranaense. Com oito anos de idade, Miriam retornou com a família para a Alemanha. “Eu me lembro muito bem do bairro em que morávamos, o Jardim Social. Estudei na Escola Suíço-Brasileira, em Curitiba, e ainda falo português. Tenho alguns amigos nos Estados Unidos, com os quais falo português algumas vezes. Após mudarmos para a Alemanha, primeiramente moramos no sul, perto de Stuttgart, durante dois anos, antes de irmos para Berlim”, explica Miriam.
Com 16 anos, Miriam foi para os Estados Unidos. “Entrei numa escola chamada Nick Bollettiere Tennis & Sports Academy, em Bradenton/Sarasota, na Flórida. Ia para a escola pela manhã e praticava golfe à tarde, na David Leadbetter Junior Golf Academy. Depois, ganhei uma bolsa de estudos, ingressei na Arizona State University, e estudei administração por um ano. Mas está muito claro para mim que não vou terminar meus estudos formais, e sim tornar-me profissional. Quero me dedicar inteiramente ao golfe”, afirma Miriam.
“Comecei a jogar golfe aos 12 anos, em Berlim. Fiz bons amigos e tinha um grande treinador que praticava comigo toda semana. Foi uma época divertida. O golfe me motiva porque ensina muito sobre mim mesma, e me faz uma pessoa melhor. Você tem que ser o seu melhor amigo para desenvolver todo o seu potencial. A cabeça do taco e a bolinha são muito pequenas, o que torna esse esporte muito difícil. A precisão é essencial e você deve estar em absoluto equilíbrio para jogar o seu melhor jogo”, conta Miriam.
Ela lembra de sua primeira vitória como profissional: “Foi minha maior emoção no golfe. Consegui meu melhor score, 63, na rodada final de um torneio, para vencer. Foi um momento muito especial para mim. Meu objetivo é ser a melhor que eu possa em tudo que fizer. Acredito que toda pessoa pode fazer o melhor naquilo em que atua. Na seqüência do golfe, quero ter uma boa performance na LPGA Tour e vencer seus torneios. Não tenho planos para voltar para a Universidade. Estou muito feliz com meu trabalho, e vou morar nos Estados Unidos enquanto puder competir no golfe profissional. Depois disso, quem sabe aonde vou morar? Talvez nos Estados Unidos, na Alemanha ou até no Brasil”.
“Não vou ao Brasil há cinco anos. Sinto que já é tempo de voltar a esse país, do qual tenho boas memórias. Estarei aí em novembro. Minha família e eu temos bons amigos, nesse fabuloso país, com os quais continuamos a manter contato. O Brasil é um grande país por causa de seu povo. Tenho ido a muitos países para competir, mas em nenhum lugar no mundo existem pessoas tão amigas e abertas como no Brasil. Eu não gostaria de ter vivido minha infância em nenhum outro lugar, que não fosse Curitiba”.
Divulgação: Federação Paranaense de Golfe
Luiz Fernando Magalhães