LPGA ajuda Rio rumo às Olimpíadas de 2016
Em outubro deste ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) indicará até duas novas modalidades para integrar o programa dos Jogos Olímpicos. E o golfe está entre as concorrentes, ao lado do caratê, do beisebol e da patinação, entre outras. E como o Rio de Janeiro é candidato a sediar a Olimpíada de 2016, a realização da HSBC LPGA Brasil Cup 2009, no próximo fim de semana (24 e 25), no Itanhangá Golf Club (melhor campo do país segundo a revista americana Golf Digest), representa mais uma conquista para a cidade.
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O evento é inédito na América do Sul, que pela primeira vez receberá as golfistas profissionais, três delas entre as 20 melhores do mundo: a coreana Eun-Hee-Ji (15ª colocada no ranking da LPGA; a americana Laura Diaz (20ª); e a brasileira Ângela Park (17ª), que também fará sua estréia, no Brasil, em competições oficiais. A entrada é gratuita e a Sportv irá transmitir a competição nos dois dias, a partir das 13 horas.
A possibilidade da inclusão do golfe nos Jogos Olímpicos foi um dos assuntos da coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (22), no Itanhangá. Além de Ângela Park, estiveram presentes as também brasileiras Maria Cândida (Candy) Hannemann (138ª) e Patrícia Carvalho, única amadora na disputa, indicada pela Confederação Brasileira de Golfe (CBG).
Também participaram o vice-presidente de competições da LPGA, Mike Nichols; o presidente do Itanhangá Golf Club, Maurício Memória; o superintendente de marketing do HSBC, Pedro Marcos Boszczovski; e o diretor da Brasil 1, organizadora do evento, Alan Adler. Nesta sexta-feira (23), a partir das 13h, acontece o Pro-AM, reunindo jogadoras, convidados e celebridades.
"A HSBC LPGA Brasil Cup servirá para que os brasileiros vejam o nível do golfe lá fora. O jogo será disputado na mesma distância dos eventos tradicionais da LPGA. Não tenho dúvida de que será uma grande disputa", disse a carioca Candy, lembrando que o sonho de qualquer atleta é estar nos Jogos Olímpicos "Sempre sonhei em disputar a competição. Tomara que o golfe consiga entrar no programa olímpico", afirmou a jogadora, de 28 anos, que mora nos Estados Unidos e enfrenta uma lesão no punho direito.
Para a paranaense Ângela Park, de 20 anos, que em dois anos no Circuito já acumulou 1,8 milhão de dólares em prêmios, marca que nenhuma outra atleta brasileira atingiu até hoje, é um prazer jogar golfe em seu país de origem. "Será a oportunidade de mostrar o golfe para as crianças, estimular a prática entre os jovens", destacou.
A também paranaense Patrícia Carvalho, de 23 anos, disse que poderá contar com o incentivo da família, o que torna a competição ainda mais especial. "Sempre jogo com o meu pai no Itanhangá e costumo largar do tee azul, que será o da competição, e não do vermelho, normalmente usado pelas mulheres. A distância não será um problema. Preciso apenas manter a calma", comentou a número 1 do ranking brasileiro de golfe feminino amador.
O golfe tem mais de 60 milhões de praticantes, em cerca de 120 países. Só o circuito profissional feminino, promovido pela LPGA, movimentará, em 2009, US$ 55 milhões. Já o turismo mundial fatura US$ 30 bilhões com praticantes de golfe. Estes argumentos estão sendo utilizados para convencer o COI a recolocar o golfe no programa dos Jogos Olímpicos. Tiger Woods integra uma comissão de atletas envolvida no projeto.
"A possível inclusão do golfe nos Jogos fará com que os governos invistam mais na modalidade, o que é muito importante. O golfe é um esporte global. Vamos acompanhar o decorrer da HSBC LPGA Brasil Cup 2009, mas, até agora, a organização está muito boa", disse Mike Nichols.
Para Alan Adler, da Brasil 1, valeu o esforço para trazer o evento para o país. "Não foi fácil convencer a LPGA de que o Brasil tinha condições de receber um evento desse nível. Hoje somos uma vitrine para o mundo, o que reforça a candidatura Rio 2016", comemorou. Já o presidente do Itanhangá, Maurício Memória, salientou que o Rio possui outro campo de nível internacional, o do Gávea Golf Club. "Isto, sem dúvida, é bem positivo para a cidade, que pensa em sediar uma olimpíada, e para o esporte", comentou.
A HSBC LPGA Brasil Cup 2009 será disputada por 15 jogadoras, sendo uma amadora – a brasileira Patrícia Carvalho, indicada pela CBG. Elas representam seis países: Brasil: Ângela Park (17ª colocada no ranking da LPGA), Maria Cândida Hannemann (138ª) e Patricia Carvalho (amadora); Coréia do Sul: Eun-Hee-Ji (15ª) e Jimin Kang (51ª); Estados Unidos: Laura Diaz (20ª),Christina Kim (27ª), Leta Lindley (39ª), Kristy McPherson (47ª), Allison Fouch (50ª) e Jill Mcgill (62ª); Inglaterra: Karen Stupples (23ª); Suécia: Louise Friberg (48ª) e Carin Koch (54ª); Escócia: Catriona Matthew (41ª). O torneio, que abre a temporada da LPGA e não conta pontos para o ranking, será disputado em 36 buracos, com premiação de 500 mil dólares.
A organização divulgou, nesta quinta-feira, o horário de saída para sábado:
9h30 – Jill McGill, Leta Lindley e Catriona Matthew
9h41 – Allison Fouch, Louise Friberg e Kristy McPherson
9h52 – Patrícia Carvalho, Eun-Hee-Ji e Karen Stupples
10h03 – Candy Hannemann, Christina Kim e Jimin Kang
10h14 – Ângela Park, Laura Diaz e Carin Koch
A HSBC LPGA Brasil Cup tem o patrocínio de HSBC, Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Light e Autodesk; co-patrocínio de Grupo Libra, BMW e Vivo; apoio da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Estadual de Golfe do Rio de Janeiro. A organização e a promoção são da Brasil 1 Esporte e Entretenimento.