Confederação Brasileira de Golfe

Gasnier no US Open

03 de junho de 2008

O carioca Philippe Gasnier se classificou nesta segunda-feira dia 2 para disputar o US Open, o segundo major do ano. Gasnier jogou 140 (69/71) no Jupiter Hills Club, em Tequesta, e terminou em segundo lugar na classificatória regional da Flórida, ficando atrás apenas do americano Bobby Collins, que jogou 138.

Gasnier, que havia passado a primeira fase da peneira classificatória para o US Open com um escore de 72, também na Flórida, será o primeiro brasileiro a disputar o US Open desde 1941, quando Mário Gonzalez e Walter Ratto jogaram no torneio.

“Eu sabia que seria uma seletiva dura, que jogar no par do campo ou abaixo deveria me dar a vaga, mas nunca pensei que seria assim tão difícil”, disse Gasnier, segundo a coluna de Ricardo Fonseca no site da FPG.

O US Open será disputado de 9 a 15 de junho no Torrey Pines Golf Course, em San Diego, na Califórnia. “Vou tentar ir para lá me divertir. Tenho colocado muita pressão sobre mim mesmo, então estou tentando relaxar”, disse Gasnier para o jornal Orlando Sentinel.

Segundo a USGA, 8.930 jogadores se inscreveram para disputar um lugar no US Open deste ano. Isso significa que havia cerca de 127 golfistas por vaga.

Confira abaixo o relato de Gasnier sobre essa conquista:

"O dia não começou dos melhores. Meu caddie não apareceu e tive de carregar a bolsa nos primeiros 9 buracos num campo com muita subida e descida. Felizmente, o clube conseguiu um caddie para os 27 buracos restantes.

Na primeira volta de 18 buracos joguei bem – 69, num campo de par 72 que virou 70 após transformarem dois pares 5 em pares 4. Estava pronto pra bater a primeira tacada dos segundos 18 buracos quando tocaram a sirene devido ao mau tempo (raios).
Ficamos 2 horas esperando e voltamos a jogar.

Comecei os segundos 18 com dois bogeys seguidos nos buracos 1 e 2, mas depois fiz 3 birdies nos buracos 4, 5 e 7 para acabar os 9 buracos 1 abaixo do par .

Os últimos 9 buracos da classificação foram os mais difíceis que já joguei na minha vida. A chuva voltou a apertar e tive cãibra na batata da perna direita . Chuva, grips molhados, cãibra na perna… Eu não via a hora de acabar o jogo. Vinha jogando muito bem até o buraco 15, quando faltou um pouco de perna e o swing já não era o mesmo. Fiz um double bogey no 15 e um bogey no 16. É difícil manter a calma numa hora dessas, especialmente pelo cansaço físico e mental.

Mas depois de um par no 17, cheguei no 18 (par 3 de 225 jardas) e bati um ferro 3, deixando a bola a 7 metros da bandeira com a sensacao de que aquele putter poderia fazer diferença… Fiz birdie no 36º buraco e garanti a vaga.

Gostaria de aproveitar a oportunidade e agradecer a todos aqueles que estavam torcendo por mim. Como falei pra imprensa americana após o jogo, fico feliz por mim e pelo golfe brasileiro. Espero que isso ajude no crescimento do esporte no nosso país. 
Meu agradecimento especial vai ao psicológo esportivo Esmerino Rodrigues. Voltei a trabalhar com ele após o fraco desempenho no torneio do Gavea e nesse pouco tempo ele conseguiu com que eu estivesse psicologicamente preparado para essa classificação. Jogar o US Open é fruto de muito trabalho e vontade, mas eu não teria conseguido isso sem ele. Gostaria de agradecer a todos pelo apoio e dizer que vou tentar da melhor forma representar nosso país nesse US Open."

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