Entrevista com Olavinho, campeão Sul-americano Pré-Juvenil
O brasileiro Olavo Batista Filho, atual campeão Sul-americano Pré-Juvenil, já ganhou diversos torneios no exterior. Nesta entrevista, ele comenta como foi o torneio e como é sua vida dentro e fora do golfe.
Na foto com toda a equipe campeã, Olavinho é o primeiro jogador, da esquerda para a direita.
Como foi vencer o Sul-americano Pré-Juvenil?
Vencer o Sul-americano foi super emocionante. Poder representar o meu país e ganhar pela segunda vez me deixou muito feliz. Fazer parte deste time foi muito legal e guardarei as boas lembranças para sempre.
Qual o momento mais feliz em todo o torneio?
O momento mais feliz do torneio foi quando todos nós do time comemoramos a vitória no green do buraco 18. Foi um momento de pura alegria e felicidade.
E o mais difícil?
Pessoalmente o mais difícil para mim foi voltar no terceiro dia e jogar bem, após não ter tido bons resultados nos dois primeiros dias de competição.
Como foi a comemoração com a delegação e os demais participantes do torneio?
A comemoração foi super legal. Todos que estavam lá com a gente tiveram uma participação importante nesta conquista. Foi realmente um trabalho de “equipe”.
Em algum momento você achou que o Brasil não iria ganhar?
Em nenhum momento isto passou pela minha cabeça. Sempre achei que tínhamos condições de ganhar. Era só cada um dar o melhor de si mesmo que alcançaríamos nosso objetivo.
Como foi a preparação antes e durante o campeonato?
Antes do torneio não tive a oportunidade de treinar tanto quanto gostaria. Como vocês sabem, mudei a pouco tempo aqui para Nova Iorque e não tenho ainda um local ideal para treinar. Agora fiquei conhecendo um dos top instrutores aqui da região (Mitchell Spearman), e estamos conversando para definir um programa de treinamento mais intensivo já a partir do início do ano que vem. Lá no Chile foi mais treinamento psicológico do que no jogo em si. Ter o Esmerino lá com a gente foi super importante para a nossa vitória.
Quantas vezes você já representou o Brasil em torneios internacionais?
Joguei três Sul-americanos Pré-Juvenis. Em 2001 no Paraguai, em 2002 no Equador e este ano agora no Chile.
Quais seus principais resultados no Brasil e no exterior?
No Brasil foi ter ganho dois Campeonatos Brasileiros na minha categoria, em 1999 e 2001. No exterior foi ter ganho o Optimist International em 2001 e ter terminado em segundo este ano no mesmo torneio; 3o individual no Sul-americano em 2001 no Paraguai e no ano passado no Equador; dois Top Tens em torneios da Nike Junior Golf All-Star Series (AJGA) realizados aqui nos Estados Unidos.
Com apenas 15 anos, você entrou para a história do golfe nacional. Já pensou nisso? O que sente?
Não tinha pensado nisso ainda. Representar meu país no golfe é realmente um privilégio imenso e fico muito feliz de ter colaborado na conquista do tricampeonato Sul-americano Pré-Juvenil. Espero muito que no futuro possa ter a oportunidade de continuar representando meu país em competições.
Com que idade você começou a jogar a nível competitivo?
Com mais ou menos 8 anos.
Como foi?
Foi no Terras de São José em Itu num torneio da FPG. Lembro que estava muito nervoso e que quando terminei em segundo lugar foi uma alegria só.
Pensa um dia em ser profissional de golfe ou já escolheu outra carreira?
Penso muito em ser profissional de golfe. Amo de paixão o esporte e se tudo der certo gostaria muito de jogar golfe como profissão. Mas antes de me tornar profissional quero fazer faculdade aqui nos EUA e jogar o circuito universitário. Acho importante ter uma profissão que complemente a carreira de golfista.
Quais seus hobbies?
Meus hobbies são tocar violão, ouvir música e jogar outros esportes.
Pratica outros esportes?
Jogo futebol e vôlei, mas ultimamente não tenho jogado muito.
Que tipo de música, filmes e livros você gosta?
Gosto muito do Dave Matthews Band e do Creed. Curto muito música brasileira e rock do anos 70 também. Gosto de filmes de suspense e comédia. Meu favorito é “Um Peixe Chamado Wanda”. Adoro livros da Agatha Christie, mas um dos meus favoritos é “Capitães da Areia”, do Jorge Amado.
Como fica a vida escolar com tantos torneios e viagens?
Quando tenho que faltar na escola por causa do golfe levo os livros para fazer os trabalhos que perco ou faço quando voltar da viagem. Para falar a verdade, é raro eu pegar num livro enquanto estou viajando, então recupero tudo quando volto mesmo.
Nas viagens, quem é sua companhia mais constante?
Aqui nos Estados Unidos meu pai me acompanha na maioria dos torneios que eu jogo. Quando ele não pode, minha mãe me acompanha. Quando viajo sozinho, os tacos são meus maiores companheiros.
Que ano você está cursando?
Estou cursando a 10a série aqui nos Estados Unidos, o que seria equivalente ao 2o colegial aí no Brasil. Mas aqui vai até a 12a série, então tenho mais 2 anos e meio de High School. Estudo na Bronxville High School, que fica aqui em Nova Iorque, onde moro com meus pais, Eliane e Olavo, e minha irmã, Elmira, de 13 anos.
Qual sua equipe de apoio? (técnico, nutricionista etc)
Ainda estou formando uma equipe em Nova Iorque. Mas a minha verdadeira equipe de apoio é a minha família. Fico muito feliz em saber que posso sempre contar com eles.
Tem patrocinador?
Por enquanto não tenho nenhum patrocinador. É na base do “paitrocínio”.