Confederação Brasileira de Golfe

Cem mulheres

03 de junho de 2009

POR GUILLERMO PIERNES*

Durante anos uma parte da humanidade lutou para impor uma igualdade absolutamente impossível e antinatural. Provas contundentes das diferenças físicas, químicas e psíquicas são apresentadas no campo de golfe.

No golfe feminino a técnica e a sensibilidade são comuns como forma de ter um jogo competitivo. No masculino, o binômio geralmente é técnica e potencia. As mulheres preferem geralmente as jogadas mais simples e eficientes em vez das mais espetaculares e arriscadas.

Entre um flop shot, a tacada que descreve uma curva muito acentuada antes de cair morrendo no green e um chip menos espetacular porem percentualmente mais eficiente, a maioria das jogadoras escolherá a simplicidade antes que a emoção do desafio. Arriscar distancia a deixar a raia? Por que? Essas perguntas não são feitas com alto nível de testosterona no organismo.

Para dar uma tacada os homens fazem foco apenas na bola. As mulheres focam na bola, na roupa da parceira, na cor da bolsa, nas flores. Como? Áreas cerebrais diferentes em uso. Os homens trocam opiniões veementes sobre a interpretação de regras. Todo fica esquecido no buraco 19 e nunca mais se fala do incidente. Somos testemunhas de queixas femininas sobre desentendimentos que aconteceram anos atrás. Tudo é lembrado.

Acabei simplista querendo ser apenas objetivo. O que queria era destacar a evolução do golfe feminino. Esta semana o Aberto Feminino do Clube Terras de São José, em Itu, será disputado por cem mulheres, com uma longa lista de jogadoras na lista de espera. Cem mulheres numa competição do interior paulista. É fantástico para o golfe.

O 10º Aberto Kia Motors além do patrocínio máster da montadora conta com o patrocínio da Primus, Nascimento Turismo, Paraná Banco e Terras de São José II e o apoio da Azul, Cavicon, Krups, Hara, Ótica Exata, Peres de Olmera Dias, Zürcher e Riberiro Filho Advogados,. CBG e FPG e com a organização da Eurogolf.

Qual a motivação? A disputa entre boas jogadoras? O cenário impecável? A receptividade de André Egoroff e a sua equipe? Os muitos prêmios e sorteios? A divulgação oportuna? Os mimos programados? A música? A festa?

O importante é que num esporte tão predominantemente masculino no Brasil apresenta sinais de evolução no golfe feminino. Uma evolução longe de uma falsa igualdade sem cabimento, que no golfe seria homens e mulheres batendo do mesmo tee de saída. Uma evolução para uma complementação natural e prazerosa em torno de uma paixão comum.

*Guillermo Piernes é consultor, palestrante e escritor. Colaborador das revistas Golf Digest e Elite Magazine. www.golfempresas.com.br

O ponto de vista dos colunistas não expressa necessariamente a opinião da CBG.

Confederação afiliada

Comitê Olímpico do Brasil Internacional Golf Federation R&A Federacion Sudamericana de Golf Comitê Brasileiro de Clubes

Parceiros

Patrocinadores

Premiações

Mapa do Site