Leonardo Marengo, colecionando títulos
O campineiro Leonardo Marengo trocou a natação pelo golfe e não pára de colecionar títulos. O mais recente foi o Campeonato Brasileiro Pré-Juvenil e Juvenil, sob muita chuva, no São Fernando Golfe Clube, em São Paulo.
Além do título, um hole-in-one?
É. Dei sorte no buraco 8. Não esperava o hole-in-one, mas quando eu vi a bola saindo, sabia que ia ficar boa. Fiz meu jogo normal, procurei ficar calmo e acabou dando um bom campeonato.
A parada da chuva mexe um pouco com a emoção?
Você perde um pouco o ritmo de jogo, mas não chega a atrapalhar quando está indo bem.
Você está se destacando cada vez mais no golfe brasileiro. Pensa em ser profissional?
Eu penso muito no agora. Agora quero jogar golfe, treinar bastante e quem sabe com 18 anos ir para os Estados Unidos. Isso eu vejo mais tarde.
Internacionalmente você também tem conquistado bons resultados. Já se considera um jogador experiente? Uma conquista como a do Brasileiro ajuda?
Eu fiz um bom campeonato mas não significa que vai ser assim sempre. Vou trabalhar para sempre dar o meu melhor, mas em relação ao internacional ainda tem muito o que trabalhar.
Qual a maior conquista da sua vida?
Com certeza foi o Brasileiro. Além do campeonato fiz hole-in-one, meu primeiro.
Descreva o hole-in-one.
Sinceramente foi a tacada que eu menos pensei para bater. Simplesmente mirei e bati. Só vi a bola pingando perto da bandeira e depois não vi mais. Desconfiei que tivesse passado a bandeira, mas quando todo mundo começou a gritar, era hole-in-one mesmo.
O clube estava lotado. E se tivesse que pagar uma rodada de wiskie prá todo mundo?
Aí tinha que falar com meu pai. Comigo não.
Você joga golfe há quanto tempo?
Dois anos e cinco meses.
Praticava algum outro esporte?
Nadei durante bastante tempo, cinco anos. Fui campeão paulista e interestadual.
O que o levou para o golfe?
A curiosidade. Comecei a me interessar vendo na televisão, revista, e resolvi experimentar.
Fala-se que o Tiger Woods estimulou muita gente. Ele serviu de exemplo prá você?
Com certeza ele mexe com todas as pessoas. Quando você está jogando bem, todo mundo tenta se comparar a ele, mas eu penso mais em mim e no meu jogo.
O que você estuda?
Estou no segundo colegial.
Em termos de profissão, o que você sonha?
No momento não tenho nada na cabeça. Vou acabar o terceiro colegial e decidir o que fazer.
Quantos títulos como este você tem na carreira?
Brasileiro foi o primeiro. Paulista foram uns dois ou três.
O golfe é um esporte bastante difícil. Você tinha convicção disso?
Eu não tinha idéia de que era tão difícil. No começo eu sofri muito e muitas vezes pensei em desistir, mas a perseverança faz você ser um campeão.
E hoje, você está gostando do esporte?
Hoje eu não largo de jeito nenhum. É a coisa que eu mais gosto de fazer na minha vida. Não largo por nada.
Você já defendeu o Brasil e joga individualmente. O que pesa mais na cabeça do jogador?
É difícil dizer. Se num torneio como o Brasileiro você joga mal, a responsabilidade é totalmente sua, não prejudica ninguém, a não ser a si mesmo, mas internacionalmente, por equipes, você tem que tentar dar o melhor de si, o que puder fazer está bom. Se não der resultado, tem que levantar a cabeça e ir em frente.
No Brasileiro, você era um dos favoritos. Em que momento achou que podia ser o campeão?
No primeiro dia, porque as condições do campo estavam muito difíceis. Eu estava com uma certa regularidade e fui ganhando confiança ao longo dos três dias.
Quanto tempo você treina por dia?
Cerca de três horas. Fim de semana treino um pouco menos. Esse ano vou fazer uma rotina mais concreta.
Com quem treina?
Tenho aulas com o Jaime Gonzalez no São Fernando, mas bato bola em Campinas, onde moro.
Joga sempre de preto?
É tradição minha porque quando ganhei meu primeiro título estava todo de preto. Então na final decidi usar.